Defensoria recomenda fechamento de comércio, clubes e feiras em Barra do Garças devido mortes e casos de Covid-19

Cidade com maior número de mortes pelo novo coronavírus em Mato Grosso, Barra do Garças (a 518 quilômetros de Cuiabá) recebeu cinco notificações recomendatórias direcionadas ao prefeito da cidade, Roberto Farias e a empresários e comerciantes, para o fechamento de 17 clubes de festas, das feiras livres e de todo o comércio não caracterizado como atividade essencial.

A defensora pública Lindalva Fátima Ramos, que atua na área da saúde no município, afirma que a orientação deve durar enquanto a houver a pandemia do coronavírus e argumenta que as notificações se fazem necessárias diante do alto registro de mortos (4) e testados positivos para Covid-19 em Barra do Garças. O último boletim da Secretaria de Saúde local indicou quatro mortes e 41 pessoas cujos testes para a doença deram positivos. 

"As aglomerações em festas aqui são uma constante observada em vários lugares, situação que infringe leis, portarias e decretos editados para conter a propagação do vírus. O fato do município já ter quatro registros de mortes, mesmo que em todas elas as pessoas apresentassem comorbidades, é um alerta para mudar o comportamento. Diante da reclamação e cobrança de uma parcela da população, decidimos fazer as notificações", disse.

De acordo com informações da assessoria de imprensa, as notificações foram feitas por meio da Portaria número 2, e na direcionada aos clubes, a defensora solicita que eles deixem de locar, ceder ou arrendar os espaços para a realização de qualquer tipo de festas ou reuniões. "Esse tipo de evento é, sem discussão, suscetível de aglomeração de pessoas, não só desta cidade, mas também das fronteiriças, facilitando e contribuindo para o processo de proliferação e disseminação do Coronavírus", afirma.

Em outras duas notificações, direcionada ao prefeito, a defensora pede que ele feche imediatamente, ou em 24h, o Porto do Baé, incluindo rampa, escadaria e os chapéus de palha, além das feiras livres. "Estou recebendo muitas solicitações para agir e orientar o cumprimento das leis nestes casos e foi com o mesmo propósito que pedimos a suspensão das feiras, locais que reúnem um grande número de pessoas, sem que elas respeitem o distanciamento de dois metros uma das outras", afirma.

Fonte: araguaianoticia.com.br