Água Boa – Justiça determina exoneração do diretor da Unidade Prisional Major Zuzi por Indícios de tortura a detentos

Além do diretor, policiais penais também  foram afastados.

Valmir Barros Christi, diretor da Unidade Prisional Major Zuzi em Água Boa, foi exonerado nesta quarta-feira dia 18.

Um grupo de atuação estratégica do sistema carcerário, sistema prisional e corregedoria de Justiça foi quem tomou a decisão, após constatarem uma série de indícios como tortura e tratamento cruel desumano e degradante aos presos da unidade prisional.

Além do diretor, outros quatro policiais penais também foram removidos e encaminhados para outros municípios por determinação da Segurança Pública.

A vistoria realizada pelas autoridades aconteceu de surpresa ainda em Julho, e após a conclusão do levantamento, bem como, uma série de registros do que foi encontrado e constatado no local, um relatório, elaborado pelo Gaedic e pela Corregedoria de Justiça recomendaram à Secretaria de Segurança Pública do estado através do Secretário Jean Carlos Gonçalves, que abrisse procedimento para apurar as denúncias, com base no levantamento efetuado.

Na data da checagem, 624 presos estavam detidos em Água Boa.

No trabalho de apuração das possíveis denúncias, os defensores públicos e juízes, realizaram uma minuciosa visita os raios de toda a Unidade Prisional, durante todo o período, ouviram os presos e identificaram e registraram, em imagens, as lesões corporais.

Posteriormente, os detidos foram ouvidos formalmente  na sede da Comarca de Água Boa.

A apuração feita por parte das autoridades constatou indícios da prática de atos de tortura, tratamento Cruel, desumano ou degradante que precisam ser devidamente apurados em todas as esferas, para coibir atos ilegais e estabelecer um padrão constitucional, de devido tratamento aos seres humanos presos na unidade... diz trecho do ofício, encaminhado ao secretário de Segurança Pública.

Os Defensores afirmaram de forma enfática que existem relatos contundentes da participação direta, além de conivência, do então diretor do presídio, nas práticas ilegais.

Diante de todos os fatos que relataram, foi solicitado que Valmir Barros Christi  fosse exonerado imediatamente, e os agentes envolvidos fossem removidos até a conclusão das investigações.

Participaram do trabalho de vistoria os Defensores, André Rosinholo como coordenador do Trabalho, Paulo Marquezine, Érico da Silveira, e a defensora Giovana Marielly Santos.

Rosinholo lembra, que a vistoria foi feita a partir de denúncias, e a decisão já circulou no Diário Oficial de Mato Grosso.

A exoneração do diretor foi assinada pelo Governador Mauro Mendes e pelo chefe da casa civil Mauro Carvalho Júnior, que no mesmo ato também nomearam os novos diretor e sub diretor da unidade, sendo, Robson Severino Duarte e Edvaldo Alves Martins respectivamente.

Liberdade News - Assessoria