DEM e PSL aprovam fusão e novo partido se chamará União Brasil

Criação do novo partido ainda precisa ser aprovada pelo TSE. União Brasil deve ser uma das maiores legendas do país mas fusão também deve gerar saída de filiados

O DEM e o PSL aprovaram, em convenções realizadas nesta quarta-feira (6) em Brasília, a fusão da entre as duas legendas. O novo partido se chamará União Brasil e o número será o 44.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ainda precisa aprovar a nova sigla. A cúpula do DEM crê que o processo de fusão leve três meses para ser analisado pelos ministros.

A expectativa, segundo o presidente nacional do DEM, ACM Neto, é de que a fusão leve á formação da maior legenda do país. Entretanto, o processo deve levar à saída de vários filiados dos dois partidos, inclusive congressistas.

Ministro do Trabalho e da Previdência do governo Bolsonaro e filiado ao DEM, Onyx Lorenzoni, votou contrário à união dos partidos e pediu para que a posição dele constasse na ata da convenção. Mesmo com baixas nos dois partidos, o União Brasil deve contar com a maior bancada na Câmara dos Deputados.

Atualmente o DEM tem 28 deputados e seis senadores, incluindo o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, de Minas Gerais. Já o PSL conta com 54 deputados e dois senadores.

Se considerados os números atuais dos dois partidos, a fusão deixaria o União Brasil com um total de 82 deputados. A segunda maior bancada é a do PT, com 53 deputados.

No Senado, o União Brasil contaria com oito parlamentares e seria a quarta maior bancada, atrás de MDB (maior bancada, com 15 senadores), PSD, Podemos.

Novo partido governaria quatro estados, sendo eles Rondônia e Tocantins governados pelo PSL e Goiás e Mato Grosso pelo DEM.

Atualmente, os partidos que governam os estados estão divididos entre: PT: 4; PSDB: 3; PSB: 3; MDB: 3; PSL: 2; PSD: 2; PP: 2; DEM: 2; Sem partido: 1; PSC: 1; PL: 1; PDT: 1; NOVO: 1; Cidadania: 1.

Jair Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro foi filiado ao PSL e estava no partido quando foi eleito, em 2018. Ele deixou a legenda em novembro de 2019 após uma série de desentendimentos com o presidente do PSL, Luciano Bivar.

A saída de Bolsonaro desencadeou uma crise no partido, dividindo as alas ligadas a ele e a Bivar.

Liberdade FM - G1