MP pede bloqueio e quebra de sigilo bancário de fazendeiro que financia cacique em Brasília

Procurador-Geral de Justiça de Mato Grosso, José Antônio Borges Pereira pediu a quebra de sigilo bancário e o bloqueio das contas bancárias de Mauridis Parreira Pimenta, o “Didi Pimenta”, que confessou em um vídeo que está financiando José Acácio Serere Xavante, conhecido como Cacique Tserere, que foi preso em Brasília, e outros indígenas nos atos antidemocráticos na capital federal.

O pedido foi encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O chefe do Ministério Público de Mato Grosso citou o vídeo em que o fazendeiro de Campinápolis (658 km a Leste) diz que foi procurado por Serere e então ele e um grupo de amigos prestou auxílio a um grupo de indígenas daquela região para irem à Brasília.

Menciona ainda na gravação que além de apoio para o deslocamento, estão com dificuldades de mantê-los em Brasília, ao passo que pede doações financeiras para ajudá-los. Por fim, destaca que estão ‘empenhados nessa luta, junto com o Tserere e com os Xavantes para manter a nossa democracia e nosso capitão no governo”, mencionou o procurador.

Borges também lembrou que o ministro, em decisões anteriores, determinou a adoção de medias para desobstrução de vias e locais públicos, além de aplicação de multas a proprietários de veículos utilizados nos atos e a pessoas que descumprissem a decisão dando apoio logístico e financeiro aos manifestantes.

No último dia 7 de dezembro Moraes determinou novas medidas, dentre elas, que órgãos de segurança pública identificassem todas as pessoas que participarem de atos antidemocráticos, para aplicação de multa, com objetivo de restabelecer ordem pública e normalidade institucional.

O procurador-geral ainda citou que no dia 12 de dezembro o ministro determinou o bloqueio de contas bancárias de financiadores. Ele entendeu que a decisão também serve para Didi Pimenta.

As medidas determinadas por Vossa Excelência em relação a outros organizadores/financiadores dos atos antidemocráticos comportam extensão a ele. Até porque, desde a circulação do vídeo nas mídias sociais – por meio do qual são solicitadas doações – não se pode precisar se recursos foram angariados e/ou repassados com o intuito financiar os atos antidemocráticos que pairam na Capital Federal”.

Com base nisso ele então pediu o bloqueio imediato das contas bancárias do fazendeiro, bem como a quebra do sigilo bancário para identificar outros organizadores ou financiadores dos atos antidemocráticos. Também requereu que a Polícia Federal colha depoimento de Mauridis e indique as diligências que entender necessárias.

 

Gazeta Digital – Liberdade FM